O benchmarking hoje é um processo natural e extremamente necessário em toda e qualquer empresa de sucesso, que visa o crescimento escalável.
Ao estudar o que outras organizações do setor estão fazendo e quais têm sido as ações de grandes players, fica mais fácil direcionar as estratégias locais de forma mais assertiva e com menores chances de erros.
Nesse sentido, benchmarking está diretamente relacionado à inteligência competitiva de mercado, pois ambos partem de pesquisas e estudos para basear a tomada de decisão.
Preparamos este artigo para que você entenda mais sobre esse tema, que atualmente é essencial aos negócios de diversos segmentos e de todo porte. Confira!
- O que é benchmarking?
- Tipos de benchmarking que todo gestor precisa conhecer
- 12 benefícios em incentivar a prática do benchmarking
- Implementando o benchmarking
- Benchmarking & inteligência competitiva
O que é benchmarking?
Benchmarking é uma estratégia que busca otimizar o desempenho de uma empresa a partir de pesquisas, realizadas de maneira minuciosa, que permitem a comparação entre produtos, práticas, serviços e métodos utilizados pela concorrência.
A tradução do termo “benchmark” significa referência. Nesse sentido, a empresa que aplica essa metodologia de pesquisa pode utilizar as melhores práticas encontradas como referência na gestão.
De fato, a proposta é replicar as estratégias que têm dado certo em outros cenários. Mas é essencial que os gestores façam adaptações das práticas para que elas se encaixem na realidade do negócio.
O principal objetivo do benchmarking
Partindo do conceito geral de benchmarking, vale a pena destacar que seu principal objetivo é melhorar o desempenho de processos, de tarefas e de qualquer outra atividade dentro da empresa, baseando-se nas práticas que já foram validadas no mercado por outras empresas.
Mas a pesquisa de benchmarking pode se ramificar em outras metas, por exemplo:
- Mapeamento de tendências;
- Compreensão das oportunidades e ameaças do setor;
- Estudo de cases de sucesso;
- Conhecimento expandido de métricas da própria empresa;
- Conhecimento de mercado;
- Aprendizado de gestão baseado em outros cases;
- Tomada de decisão baseada em dados.
5 pilares do benchmarking
Tendo em vista o objetivo do benchmarking, que é a otimização e o aumento da eficiência operacional, existem alguns pilares que ajudam a focar naquilo que realmente importa no momento das pesquisas.
Veja quais são eles:
1. Diagnóstico
Como um dos pilares essenciais, o diagnóstico mostra qual a realidade da empresa para que os gestores saibam o que é necessário melhorar.
É com base nesses pontos que ele poderá decidir quais empresas usar como referência e que tipo de estratégia replicar para atingir as metas estabelecidas.
2. Pesquisa
Depois do diagnóstico, é o momento de buscar informações relevantes em diversas fontes para construir uma base de dados robusta e com referências o suficiente.
Aqui, tanto os relatórios de mercado já disponíveis, quanto os dados produzidos pelo gestor e sua equipe baseados em estudos, entrevistas, pesquisas bibliográficas, entre outros, são bem-vindos.
3. Análise
A partir da construção do banco de dados, é hora da análise profunda e de um estudo abrangente das boas práticas de gestão que têm alavancado outros negócios.
Nesta etapa é importante estabelecer um método para compilação e organização das informações, a fim de otimizar o trabalho e chegar a uma conclusão.
4. Interpretação
Interpretação é o momento em que o gestor e sua equipe se debruçam sobre a análise realizada no benchmarking e decidem como essas informações podem ser úteis para o negócio.
Exemplo: uma métrica do concorrente tem um resultado muito superior ao da empresa que está aplicando benchmarking.
Então é preciso analisar quais estratégias ele usou para chegar a esse objetivo e estudar como elas podem ser aplicadas no contexto local.
O importante é ter um olhar crítico e estratégico para saber se as práticas externas realmente são adequadas para o ambiente interno.
5. Otimização
Por fim, após tantas análises, a otimização consiste em aplicar as práticas selecionadas na empresa que fez o benchmarking.
E, claro, antes da aplicação, é necessário criar um planejamento estratégico e um plano de ação para implementar as mudanças desejadas de acordo com aquilo que foi aprendido no processo de estudos.
Tipos de benchmarking que todo gestor precisa conhecer
Veja agora quais são os tipos de benchmarking possíveis e quais suas características principais:
Interno
Esse modelo busca melhores práticas de gestão e marketing adotadas dentro da própria empresa. É comum em corporações que possuem o objetivo de padronizar a qualidade de todas as unidades a um modelo ideal, como no franchising.
Funcional
Nesse caso, análises e comparações são feitas em relação ao processo de trabalho entre as organizações dentro de uma mesma empresa, mesmo que sejam de segmentos diferentes.
Competitivo
O objetivo deste processo é a análise minuciosa das práticas da concorrência com objetivo de superá-las. Não é um benchmarking fácil de realizar, pois pode ser que muitas estratégias dos concorrentes estejam “guardadas a 7 chaves”.
Colaborativo
Ocorre quando duas empresas estabelecem um tipo de parceria, compartilhando seus processos umas com as outras. Também ocorre quando uma empresa “modelo” compartilha informações sobre seus processos, para fins de aprendizagem de outra.
12 benefícios em incentivar a prática do benchmarking
Para além da oportunidade de aprimorar processos, tarefas, estratégias e métodos na empresa, o benchmarking proporciona benefícios como:
- Descobrir práticas de sucesso de empresas reconhecidas;
- Identificar novas tendências e sair à frente;
- Ganhar uma base argumentativa para discutir novos investimentos;
- Criar um plano para desenvolver estratégias e habilidades que colocarão a empresa no rumo do crescimento;
- Melhorar o conhecimento que a organização tem de si mesma;
- Aprimorar processos e práticas empresariais em busca da excelência;
- Motivar a equipe para alcançar objetivos realizáveis;
- Obter maior conhecimento de mercado;
- Aprender com quem já passou pelos mesmos desafios;
- Buscar redução de custos, aumento na produtividade e ampliação na margem de lucro;
- Promover mudanças e melhoria contínua em relação a concorrência;
- Conquistar novos clientes de outros nichos, etc.
Implementando o benchmarking
O processo de implementação do benchmarking pode parecer simples, mas exige uma boa estruturação para que o objetivo seja alcançado.
Em resumo, implementar a estratégia na empresa requer:
Identificação das premissas para a realização do benchmarking
- Estabelecer o objetivo do benchmarking;
- Definir do processo;
- Considerar a finalidade;
- Definir os limites do benchmarking;
- Planejar sobre o que acontecerá durante todo o processo;
- Elaborar um fluxograma.
Determinar o que medir
- Analisar o fluxograma;
- Estabelecer critérios de medição;
- Verificar se o que foi definido para a medição está de acordo com os objetivos da empresa.
Determinar com o que se comparar
- Determinar o tipo de benchmarking;
- Atribuir o responsável pela execução.
Reunir os dados
- Organizar os dados;
- Determinar a técnica de organização e controle dos dados.
Analisar os dados
- Separar e organizar os dados quantitativos.
- Iniciar a análise qualitativa.
Definir os objetivos de performance;
- Determinar os planos de ação;
Monitorar o processo
- Acompanhar as mudanças.
- Tornar o benchmarking uma prática constante e contínua.
Benchmarking & inteligência competitiva
Antes de falar sobre como ambas as estratégias são complementares, é interessante revisarmos os conceitos e compreendermos as diferenças entre elas.
Em poucas palavras, enquanto o benchmarking é uma metodologia usada para identificar fatores críticos na empresa e buscar referências externas para solucioná-los.
Já a inteligência competitiva busca antecipar tendências, buscando expandir a competitividade do negócio.
O que elas têm em comum é a utilização de estudos e pesquisas de mercado para atingir seus objetivos. Ou seja, tanto o benchmarking quanto a inteligência competitiva fazem parte da cultura orientada a dados.
Enquanto o benchmarking possibilita a conquista da superioridade em relação à concorrência, sendo um instrumento efetivo de gestão, a inteligência competitiva orienta a posição da empresa no mercado.
Ambas podem trabalhar juntas para identificar ameaças e oportunidades, além de gerar insights que contribuam para o crescimento da organização.
A pesquisa intitulada Management Tools & Trends, de 2005 feita pela Bain & Company, constatou que o benchmarking é a terceira ferramenta de gestão mais utilizada nas empresas. Ou seja, ele ocupa as primeiras posições, junto aos sistemas de gestão.
E aí, o que você achou deste artigo?
A lição que fica é que, para uma gestão de excelência, além de escolher um software de gerenciamento robusto, como o SULTS, também é essencial aplicar o benchmarking.
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