Em um cenário cada vez mais desafiador, as organizações precisam compreender melhor o mercado em que atuam, bem como o comportamento dos clientes – e é justamente nesse cenário que a inteligência competitiva (IC) atua.

Ela se baseia no monitoramento sistemático dos dados, permitindo uma visão mais ampla dos cenários para melhorar a tomada de decisão, a curto, médio e longo prazos.

Segundo o economista Carlos Hilsdof, as 500 maiores empresas americanas têm uma área ou um profissional dedicados especificamente a monitorar os movimentos da concorrência, fomentando a inteligência corporativa.

Diante de tamanha importância da IC, principalmente na era da informação na qual vivemos, criamos este artigo para que você conheça mais algumas características desse tipo de inteligência tão promissora.

O que é inteligência competitiva?

Inteligência competitiva é uma forma proativa de captar e organizar informações relevantes sobre o comportamento da concorrência, mas também dos clientes e do mercado como um todo, analisando tendências e cenários, e permitindo um melhor processo de tomada de decisão no curto e longo prazo.

Carlos Hilsdof – Econimista, palestrante, autor e consultor

Para Hilsdorf, o grande objetivo da IC é justamente expandir as condições de competitividade de um negócio, atualizando seu modelo de negócios, metas, objetivos estratégicos, planejamentos, entre outros.

Com informações precisas de questões internas e externas, é possível determinar quais são as estratégias e decisões mais assertivas para alcançar melhores resultados.

A inteligência competitiva se concentra em cinco categorias básicas de informações relacionadas aos aspectos externos:

  • Avaliação estratégica (quais são as principais táticas usadas pelos concorrentes?)
  • Análise operacional (como os concorrentes trabalham?)
  • Percepção do mercado (como os clientes percebem esses concorrentes?)
  • Capacidade tática (quais os diferenciais competitivos da concorrência?)
  • Perspectivas de mercado (a empresa e os concorrentes estão aptos para acompanhar as mudanças econômicas?)

As empresas que aplicam a inteligência competitiva de maneira excelente se destacam no mercado, são vistas como visionárias e, ainda, tem grande potencial para encantar o cliente, pois oferecem produtos/serviços que eles nem haviam pensado.

Inteligência competitiva - grupo de colaboradores em reunião olhando dados na televisão.

Principais motivos para investir em inteligência competitiva

A grande importância da IC está em sua capacidade de transformar o modelo de negócios de uma empresa, reestruturando seu planejamento a ponto que ela se sobressaia no mercado.

Além da ampliação da força competitiva de um negócio, a inteligência competitiva proporciona:

Mapeamento de oportunidades 

Uma das principais razões para apostar na inteligência competitiva é a possibilidade de identificar oportunidades relevantes no contexto em que a empresa está inserida.

Aqui, a análise de dados por meio de dashboards será indispensável para compreender as principais tendências do mercado, novos comportamentos de consumo, novas tecnologias ágeis e muito mais.

Planejamento estratégico assertivo

Hoje, podemos dizer que a transformação digital e a tecnologia são grandes aliadas da inteligência competitiva.

Afinal de contas, fica muito mais fácil investigar os movimentos do mercado e analisar os processos internos por meio de recursos automatizados.

A partir desse conjunto de metodologias inovadoras, os gestores têm tudo o que precisam para criarem um planejamento estratégico muito mais assertivo e baseado em dados.

Monitoramento do ambiente interno e externo

Como vimos, o acompanhamento dos ambientes interno e externo é um dos pilares fundamentais da inteligência competitiva.

Compreendendo fatores econômicos, políticos, sociais e tecnológicos que estão impulsionando o mercado, é possível detectar o que pode influenciar nos produtos/serviços oferecidos pela organização.

5 etapas da inteligência competitiva

Embora cada cenário empresarial apresente suas características específicas, conseguimos identificar algumas fases semelhantes no processo de implementação da IC.

No livro Estratégias Comprovadas em Inteligência Competitiva: lições das trincheiras, John Prescott e Stephen Miller definiram quais são as 5 etapas do ciclo da inteligência competitiva. Vamos conhecê-las agora:

1ª etapa: Identificar as necessidades

Nesta primeira etapa, a equipe deve pesquisar e identificar quais são as necessidades da empresa em relação ao uso da inteligência competitiva.

Essa busca deve ser realizada por meio de métodos diferentes para garantir resultados mais efetivos. Ou seja, analisar relatórios atuais, conversar com gestores e colaboradores podem contribuir para concluir essa fase com êxito.

2ª etapa: Criar uma base de conhecimento

A partir da identificação das necessidades, é o momento para continuar as pesquisas, mas agora no ambiente externo.

O que as maiores empresas estão fazendo? Quais dados comprovam a efetividade das novas tecnologias? Quais são as principais agências de pesquisa do setor? Nesta etapa é fundamental definir a fonte das informações a serem coletadas.

3ª etapa: Coletar informações

A base de conhecimento sólida e rica em informações será essencial para que, na terceira etapa, as equipes consigam coletar dados que sejam relevantes para o cenário empresarial em análise.

É, sem dúvidas, todo o material selecionado aqui deve corresponder às demandas estabelecidas no início deste ciclo (fase 1).

4ª etapa: Analisar dados e gerar insights

Neste momento, os dados começam a ser transformados em inteligência. Isso porque a equipe envolvida na implementação da IC começa a fazer conexões entre a realidade do negócio e os dados coletados nas fases anteriores.

A partir disso, surgem os insights. Eles concretizam a inteligência competitiva, uma vez que são oportunidades de melhorar a performance da empresa por meio de uma cultura orientada a dados, ou seja, promovem mudanças baseadas em fatos.

5ª etapa: Divulgar os resultados

Nesta última etapa do ciclo da inteligência competitiva, tudo aquilo que foi produzido através das pesquisas, como relatórios, boletins, blogposts, vídeos, gráficos, apresentações em slides etc. devem ser entregues a quem toma decisões.

O refinamento das informações e dos insights ajudará gestores e demais tomadores de gestão a realizarem as melhores escolhas para que a empresa esteja a par do que o mercado está oferecendo e, quem sabe, até possa superar as expectativas dos clientes ao propor algo inovador.

Quais as vantagens da IC para a organização empresarial?

Ao implementar a inteligência competitiva, um dos principais fatores de falhas nas empresas pode ser eliminado, que é a tomada de decisão baseada em “achismos”.

Os dados cuidadosamente analisados permite que os gestores façam suas escolhas e encaminhem as equipes baseados em informações sólidas e verificáveis.

São essas informações atualizadas que promovem mudanças para garantir a competitividade do negócio e faz com que ele consiga se adaptar a qualquer tendência ou inovação do setor.

Além disso, com a IC, o ROI de investimentos, projetos e esforços de vendas e de marketing também é aprimorado.

Isso porque ela auxilia na busca por falhas nos processos que devem ser otimizadas e evidencia vantagens competitivas e características positivas que devem ser potencializadas.

Outras vantagens que merecem ser pontuadas são:

  • Economia de tempo e de investimento para a tomada de decisão;
  • Possibilidade de prever o comportamento dos concorrentes;
  • Identificação de oportunidades de negócio;
  • Potencialização da eficiência operacional;
  • Aumento da receita;
  • Fortalecimento da presença da inovação;
  • Aumento da tangibilidade dos resultados.
Inteligência competitiva - colaboradora analisando dados no computador em sala de escritório.

Como o software de gestão integrado contribui para a inteligência competitiva?

Agora que está bem evidente que os pilares da inteligência competitiva são a base de conhecimento e a análise de dados do mercado, precisamos entender como o software de gestão integrado contribui para a IC.

O levantamento de fontes externas para avaliação das empresas concorrentes pode ser um tanto quanto desafiador, pois é necessário que as equipes dediquem muito tempo às pesquisas.

Por outro lado, o processo de coleta de dados internos pode ser muito mais ágil com o auxílio da plataforma de gestão.

Ela é responsável por centralizar todas ferramentas necessárias ao fluxo de trabalho de diferentes departamentos do negócio. E, além disso, gera variados dashboards que ilustram a situação dos processos da rotina organizacional.

Com isso, os gestores podem analisar o contexto interno em um só lugar, avaliando chamados enviados, cursos realizados, projetos em andamento, tarefas concluídas, negócios fechados, entre outros que refletem qual as necessidades de aperfeiçoamento da empresa.

A utilização de um software de gestão, como o SULTS, unida às pesquisas externas sobre o mercado tem grande potencial de revolucionar o ambiente corporativo.

Somente a união entre tecnologia, inteligência competitiva e gestão de excelência podem potencializar os resultados alcançados e fazer com que a empresa se sobressaia entre as demais.

E aí, o que você achou deste artigo?

Não há mais dúvidas de que a inteligência competitiva pode ajudar as empresas a superarem seus próprios desafios e obstáculos, a fim de alcançar resultados exponenciais.

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