Inovar vai muito além do desenvolvimento de novos produtos. A inovação empresarial se tornou imperativo para qualquer tipo de negócio e é capaz de impulsionar a economia de países.

Portal da Indústria

Isso é o que diz o Portal da Indústria sobre o tema deste artigo. Você concorda com essa afirmação?

De fato, quando falamos em inovação, não basta definirmos o termo como transformações radicais e que requerem grandes investimentos.

Principalmente nos dias de hoje, apostar na inovação empresarial não é apenas um diferencial, é uma ação indispensável para qualquer negócio que deseja se manter competitivo no mercado.

As inovações impulsionadas dentro de uma empresa podem transformar não só o seu modus operandi, mas também modelos de negócio, processos, serviços, produtos do mercado e/ou do mundo.

Ainda há muito mais o que conversarmos sobre esse tema tão vital e promissor. Continue com a gente e conheça mais sobre o mundo da inovação empresarial. Boa leitura!

Inovação empresarial - grupo de colaboradores jovens ao redor da mesa de escritório olhando para notebook sorrindo.

Partindo do conceito: o que é inovação?

Assim como todo conceito, existem diversas especulações sobre o que é, de fato, inovação.

Se pesquisarmos no Dicionário Michaelis On-line, ele nos dirá que se trata do “ato ou efeito de inovar” ou, até mesmo, que é “tudo que é novidade; coisa nova“. Mas não nos parece suficiente, certo?

Agora, partindo para dois grandes estudiosos da área de negócios, Joseph Schumpeter e Peter Drucker, temos duas definições diferentes:

  • Para Schumpeter, a inovação  é o motor do crescimento econômico. Ele criou o conceito de “destruição criativa“, que pode ser resumido na ideia de destruir o antigo para criar algo novo, um processo intrínseco à dinâmica do capitalismo.
  • Por outro lado, para Drucker, a inovação é a habilidade de transformar algo já existente em um recurso que gere riqueza.

Mas será que realmente é preciso “destruir” o antigo para haver inovação? Será que somente transformar o que já existe é suficiente?

Em uma terceira tentativa de conceitualizar a palavra inovação, temos a união das duas definições acima. Segundo o Manual de Oslo, a publicação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tinha como referência mundial a inovação como:

 “…um produto ou processo novo ou aprimorado (ou uma combinação dos dois) que difere significativamente dos produtos ou processos anteriores da empresa e que tenha sido introduzido no mercado ou colocado em uso pela empresa”.

Agora sim nos parece um conceito amplo e “não-destrutivo”. Dentro desse conceito, três elementos são essenciais:

  • Conhecimento – seja ele prático, técnico ou científico. Essencial na solução de problemas, prospecção de novos negócios e melhorias no processo produtivo;
  • Implementação – ou seja, a inovação só é concretizada quando colocada em uso;
  • Criatividade – a inovação é transformar uma ideia em solução com criatividade.

A relação entre a inovação empresarial e a gestão de excelência

Não há dúvidas de que a inovação empresarial está imersa na ideia de gestão estratégica e de excelência em uma organização.

Uma gestão motivada a inovar, de forma simplificada, acompanha todas as tendências e soluções corporativas para a otimização da rotina operacional da empresa como um todo.

E não estamos falando apenas da implantação de novos sistemas e soluções digitais, mas também de treinamentos e capacitações para os colaboradores, além de mudanças em toda a cultura, as políticas e os valores da organização.

Esse tipo de acompanhamento e atualização comprova a capacidade de adaptação de um negócio frente às demandas do mercado e de seus consumidores.

Dados sobre a situação da inovação empresarial em empresas brasileiras

No início deste artigo falamos sobre a dificuldade de uma empresa se manter competitiva no mercado – e muito mais de se destacar – se ela não promove a inovação.

As empresas AEVO (plataforma de gestão da inovação) e Inventta (consultoria em inovação) realizaram, de forma colaborativa, um mapeamento respondido por mais de 300 líderes de corporações brasileiras de médio e de grande portes.

Os principais dados apontados pelo chamado “Mapa da Inovação Corporativa” é que 48% das empresas se consideram inovadoras, mas apenas 19% são reconhecidas como inovadoras pelo mercado.

Quando questionados sobre como suas empresas enxergam a inovação, as respostas dos líderes foram diferentes.

Apenas 10% adotam posturas proativas em relação às movimentações do mercado, o que mostra que a grande maioria não quer ser pioneira na inovação.

33% delas inovam a partir de propostas vindas da liderança, enquanto apenas 8% inovam a partir de sugestões de toda a equipe.

Sobre os motivos que despertam o interesse das empresas por propostas inovadoras, 41% das empresas brasileiras mapeadas veem o mercado e as necessidades dos clientes, enquanto apenas 3% consideram a análise dos processos e falhas internas.

Outro fato curioso é que mesmo sabendo sobre a importância da inovação, apenas 7% apontam ter os processos bem estruturados e que funcionam bem.

Ou seja, 71% não utilizam ferramentas estruturadas para gerir a inovação e 66% conduzem esforços de inovação por meio de um grupo seleto de pessoas, impossibilitando a participação de outros colaboradores no processo e a criação de uma cultura toda voltada à inovação.

Enfim, os dados revelam que as empresas mapeadas possuem interesse na ideia de inovar seus processos, produtos, soluções etc., mas que a prática da inovação ainda está longe do ideal.

Inovação empresarial - empresária e empresário analisando gráficos.

6 etapas de um processo de inovação empresarial que você precisa conhecer

Não podemos negar que os desafios para esse tipo de implementação existem e se configuram de maneiras distintas a depender do cenário empresarial.

Mas existem algumas etapas no processo de inovação, segundo a AEVO, que, quando bem estruturadas, funcionam muito bem. Veja:

1. Levantamento de ideias

A primeira etapa é o levantamento de ideias através de buscas sobre o que o mercado está procurando. Ou seja, quais são as novas demandas, quais problemas precisam ser resolvidos.

A pesquisa deve ser realizada, inclusive, com colaboradores, clientes e especialistas, que irão proporcionar uma visão mais ampla do cenário.

E quais as propostas de solução? Nesse momento é hora de praticar a escuta ativa para ouvir atentamente as ideias dos colaboradores, debater e anotar as possibilidades.

2 – Seleção das melhores propostas e mão na massa

Antes de selecionar as melhores ideias e partir para o desenvolvimento, a equipe deve estabelecer requisitos para avaliar as propostas.

Essa triagem deve considerar todos os aspectos da ideia para identificar seus benefícios e riscos. Com isso, as melhores propostas passam e as demais são descartadas.

Os feedbacks são muito importantes nesta etapa. As pessoas responsáveis pelas propostas aprovadas precisam saber como prosseguir no desenvolvimento e aquelas que tiveram suas propostas desaprovadas devem saber como contribuir melhor nas próximas oportunidades.

3 – Experimentação e criação do protótipo

Será que é realmente possível implementar a solução em um cenário real?

É essa questão que a terceira etapa busca responder por meio de experimentos e da criação do protótipo, contendo as características mais importantes do projeto.

O protótipo serve para reduzir erros e custos. Ele não precisa entregar todos os objetivos definidos inicialmente, mas deve apresentar algum tipo de resultado concreto, com retornos maiores do que o investimento aplicado em sua construção.

4 – Comercialização

Hora de apresentar a proposta e vender!

Aqui, a equipe precisa entregar ao mercado uma versão mais robusta da solução e vender a ideia ao consumidor, destacando sua importância, seus benefícios e os seus diferenciais.

A partir das necessidades identificadas nas pesquisas da primeira etapa, agora é o momento ideal de comercializar a solução atingindo diretamente as necessidades do público-alvo.

5 – Gestão da inovação

E mais uma vez destacamos o papel essencial da gestão.

Nesta etapa, a equipe toda, deve olhar o processo de inovação e identificar suas potencialidades (seus diferenciais e pontos positivos), mas também suas fragilidades que podem/devem ser aprimoradas.

gestão de inovação tem como objetivo garantir que a empresa realmente alcance os benefícios esperados, combinando as melhores práticas administrativas e o desejo por tornar os processos ainda mais eficientes.

6 – Otimização e melhoria contínua

Nada é tão bom que não possa ser melhorado, não é verdade?

A etapa de otimização e melhoria contínua se baseia em atualizações para aperfeiçoar a proposta inicial ou até mesmo atender novas necessidades que surgiram após a construção do projeto.

Ela requer um esforço de monitoramento para compreender as novas necessidades do mercado ou os novos problemas da organização, recomeçando o processo da primeira etapa.

Inovação empresarial - colaboradores reunidos assistindo à palestra sobre inovação com o braço levantado para tirar dúvidas.

Conheça os 3 principais tipos de inovação

Essencialmente, existem três tipos de inovação: radical, incremental e disruptiva. Eles podem variar conforme o nicho, mercado, essência da marca, serviços e produtos oferecidos.

Vamos conhecer as características de cada uma delas:

Inovação radical

A inovação radical realmente muda o cenário de uma marca, seja do mercado ou da dinâmica empresarial.

Pode ocorrer por uma mudança completa no posicionamento da empresa, pela forma de trabalho, processos, serviços e produtos oferecidos ou pela maneira que escolhe se relacionar com o cliente.

Um exemplo de inovação radical é o iPhone da Apple. Quando ele surgiu, já existiam os smartphones, mas a Apple incluiu características que mudaram e popularizaram o mercado.

Inovação incremental

A inovação incremental adiciona novidades, seja no produto, na marca, nos métodos de produção, sem promover uma mudança muito brusca.

Geralmente, é uma evolução de uma inovação já realizada pela marca, de modo que vá complementar e oferecer melhorias, seja para os colaboradores, clientes ou atributos do negócio.

Um exemplo desse tipo de inovação é o Gmail, que surgiu com a finalidade de entregar e-mails rapidamente, mas que hoje em dia possui diversas outras funcionalidades que facilitam a vida de seus usuários.

Inovação disruptiva

A inovação disruptiva acompanha mais o mercado do que uma marca, produto ou serviço em específico.

Pode ser alavancado por algo que uma empresa ofereceu e como consequência ganhou espaço, mas, de maneira geral, é um movimento escalável, que atinge muitas pessoas ao mesmo tempo.

Um exemplo de uma inovação disruptiva foi a Netflix, que começou oferecendo correspondências em DVD, mas depois inovou e passou a oferecer o serviço de vídeo por streaming através de uma assinatura mensal. Além da inovação, isso também garantiu à Netflix uma receita mensal previsível.

Inovação empresarial: mais alguns exemplos aplicáveis

Como falamos, inovação é um conceito bem amplo e que pode abranger diversas áreas dentro de uma empresa.

Vamos ver agora outros exemplos de inovação que são possíveis dentro do contexto organizacional:

  • Inovação de produto: a TV, por exemplo, trouxe algo novo para o mercado. Com a adesão do público se tornou disruptiva e com o passar do tempo contou com a inovação incremental, tanto que hoje temos a Smart TV.
  • Inovação de serviço: um exemplo muito próximo de inovação de serviço é o delivery de comidas. O consumidor não precisa ir até o local para comprar sua refeição – basta fazer o pedido pelo aplicativo e recebê-lo no conforto de sua casa.
  • Inovação nos processos de produção: neste exemplo chama a atenção a conscientização com o meio ambiente. A Natura, por exemplo, lançou uma linha completa de produtos a partir de materiais reciclados e biodegradáveis.
  • Inovação no modelo de negócio: os marketplaces são ótimos exemplos neste caso – Magazine Luiza, Americanas, Amazon etc. Além dos bancos virtuais diversos.
  • Inovação tecnológica: é o exemplo mais evidente de todos. Sejam os smartphones, a internet, até as tecnologias dentro da empresa, como os sistemas de gestão. Ferramentas digitais que otimizam o dia a dia das pessoas.
  • Inovação logística: criação de pontos de armazenamento e centros de distribuição estratégicos. Hoje, há entrega de produtos contratadas via aplicativos e até delivery via drones!
  • Inovação em marketing: aqui entram como exemplos as variadas formas de publicidade nas redes sociais, inclusive a contratação de influencers e suas #publis.
  • Inovação organizacional: exemplos desse tipo de inovação são home office, anywhere office, chatbot etc. Mudanças estruturais e práticas que promovem o aumento da produtividade e flexibilidade a colaboradores e clientes.

As organizações só têm a ganhar com a inovação empresarial

Podemos afirmar com segurança de que as organizações só têm a ganhar com a inovação empresarial, porque os dados não mentem:

Pesquisas da International Data Corporation (IDC) revelam que até 2026, 75% das empresas líderes de mercado terão programas e investimentos de inovação digital estruturados e sistêmicos, que apoiam a inovação interativa contínua, permitindo crescimento, escala, agilidade e resiliência.

No documento “FutureScape: Previsões sobre o futuro mundial da inovação mundial 2023”, a IDC também revela que até 2025, 85% dos CEOs de grandes empresas exigirão que seus líderes nas empresas forneçam informações baseadas em dados sobre a atividade de inovação, incluindo eficiência dos desenvolvedores e resultados de negócios.

As pesquisas acerca da inovação no ambiente corporativo só deixam ainda mais evidente o quão importante é esse movimento de transformação e atualização nas organizações.

Benefícios evidentes do investimento em inovação

  • A empresa fica mais competitiva ao promover melhorias, treinar seus colaboradores e incentivar a transformação digital na operação;
  • A marca pode se tornar uma autoridade em seu segmento a partir do domínio de determinada técnica/produto/processo desenvolvido para aprimorar o setor;
  • Os processos internos passam a ser desenvolvidos de maneira mais organizada a partir do mapeamento do fluxo de trabalho e das análises de desempenho;
  • Os colaboradores se sentem mais valorizados e engajados ao negócio, uma vez que têm a oportunidade de realizar treinamentos constantes e de compartilhar suas ideias;
  • A gestão, de modo geral, também é otimizada a partir de propostas cada vez mais condizentes ao status do mercado e efetivas para o cenário interno.

4 dicas simples para promover uma gestão inovadora

Depois de entender melhor o que é, qual a importância, os tipos e outros dados super relevantes sobre a inovação empresarial, vamos ver algumas boas medidas sobre como colocar esse conceito em prática, de acordo com a UpBrasil:

1. Proponha mudanças na cultura da empresa e seja exemplo!

Fomentar a inovação deve ser um dos pilares de toda a cultura organizacional. Os colaboradores precisam se sentir motivados a inovar.

Uma pessoa sozinha dificilmente provoca as mudanças necessárias para um cenário inovador. Assim, se todos os colaboradores estão dentro de uma mesma cultura inovadora, as chances de sucesso são maiores.

2. Invista em soluções tecnológicas ágeis

Existem diversos processos dentro de um negócio que podem ser otimizados a partir do uso de soluções tecnológicas.

O investimento nesse tipo de ferramenta vale a pena, pois o retorno é garantido: maior agilidade, produtividade e comunicação interna sem ruídos.

3. Automatize processos e tarefas manuais

O retrabalho e/ou o trabalho manual com certeza não fazem parte da inovação empresarial.

Uma das maneiras eficientes de trazer gestão e inovação para o meio corporativo é automatizando e acelerando uma série de processos e tarefas manuais com tecnologia.

Hoje em dia, existem soluções modernas e eficientes acessíveis para todos os portes de empresas, não importa qual seja o nicho em que elas atuam no mercado.

4. Tenha fornecedores inovadores

Seus fornecedores também buscam promover a inovação?

Essa resposta deve definir a continuidade (ou não) da parceria, pois os fornecedores também precisam acreditar no mesmo ideal de inovação para que os resultados sejam ainda mais efetivos.

Faça uma análise sobre os fornecedores disponíveis e veja quais empresas estão mais alinhadas com a modernização.

Dito isso, a inovação empresarial se reafirma como indispensável a uma organização que preza pelo crescimento exponencial e pela manutenção de um negócio competitivo.

Hoje, existem métodos e ferramentas que auxiliam no processo de estruturação e estímulo à inovação nas companhias, como os já citados sistemas de gestão.

Agora, convidamos você a conhecer o SULTS, uma dessas ferramentas digitais totalmente alinhadas ao ato de inovar dentro do contexto empresarial. Não deixe de conferir o que os nossos clientes dizem sobre a plataforma.