Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostraram que, somente em 2017, a indústria farmacêutica movimentou R$69,5 bilhões no Brasil.

Outro estudo da Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) mostra que o país vem subindo no ranking dos maiores mercados farmacêuticos mundiais.

Em 2022 alcançamos a quinta posição, atrás apenas dos Estados Unidos, da China, do Japão e da Alemanha que, desde 2012, ocupam as colocações iniciais dos maiores mercados farmacêuticos do planeta.

Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), das 20 maiores farmacêuticas do Brasil, 17 são nacionais.

No ranking divulgado no ano passado, nas oito primeiras colocações estavam as brasileiras Neo Química, Cimed, EMS, Eurofarma, Aché, Teuto, União Química e Medley.

Ao saber de tudo isso, decidimos criar este artigo para que você entenda um pouco mais sobre esse setor em constante crescimento e, ainda, para evidenciar a importância da automatização de processos na operação das indústrias farmacêuticas de sucesso. Boa leitura!

Indústria farmacêutica - colaborador de indústria de remédio operando máquina de cumprimidos.

O que constitui a indústria farmacêutica?

A FIA Business School diz que a indústria farmacêutica é o ramo de produção dedicado à pesquisa, desenvolvimento, fabricação e distribuição de remédios e itens voltados ao tratamento de doenças.

A cadeia farmacêutica inclui, ainda, produtos criados para suprir demandas de saúde de humanos e animais.

Conforme cita um artigo da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), ela envolve as seguintes atividades:

  • Fabricação de especialidades farmacêuticas alopáticas e homeopáticas;
  • Produção de soros, vacinas, contraceptivos;
  • Desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos;
  • Transformação do sangue e fabricação de seus derivados;
  • Fabricação de açúcares quimicamente puros;
  • Preparações farmacêuticas e intermediárias para a produção de farmoquímicos;
  • Processamento de glândulas e fabricação de seus extratos;
  • Fabricação de kits e preparações para diagnósticos médicos;
  • Produção de curativos, bandagens, algodão, gazes, impregnados com qualquer substância;
  • Fabricação de medicamentos que não tenham o caráter de especialidades (água oxigenada, tintura de iodo, etc.);
  • Fabricação de vacinas veterinárias e antiparasitárias.

Características da indústria farmacêutica

A especialização é uma das principais características do setor, pois são necessários conhecimentos sobre matérias-primas e técnicas específicas.

Mas, a maior parte dos fármacos usados pela indústria farmacêutica do Brasil é importada de países como Alemanha, China e Estados Unidos.

Isso significa que a produção em solos brasileiros é dependente da tecnologia internacional e é influenciada pela cultura de grandes corporações mundiais.

Outra característica é o sistema de patentes – elas são encaminhadas às empresas a partir da descoberta de um novo medicamento e valem por duas décadas.

Durante os 20 anos, a indústria proprietária da patente recebe royalties que, geralmente, são destinados a outras pesquisas em desenvolvimento.

Os medicamentos genéricos

Quando o período da patente é finalizado, o medicamento e seu princípio ativo podem ser utilizados pelas concorrentes, sem a necessidade dos royalties ou até mesmo do investimento em pesquisas sobre o mesmo medicamento.

Daí surgem os medicamentos genéricos, que recebem o nome de sua principal substância com efeito terapêutico e são mais baratos que os originais.

Por sim, outra característica bem marcante da indústria farmacêutica é que se trata de um mercado extremamente competitivo, no qual as pesquisas por novos produtos e medicamentos inovadores estão a todo vapor sempre.

E quais são os setores da indústria farmacêutica?

A operação em uma indústria farmacêutica possui quatro etapas básicas:

  1. Importação;
  2. Fabricação;
  3. Distribuição;
  4. Comercialização.

Como vimos no tópico anterior, primeiro é necessário receber as matérias-primas que são importadas de outros países e que são oferecidas pelas indústrias química e farmoquímica.

A indústria gráfica é responsável pela disponibilização das embalagens específicas para conservar os compostos em segurança, mantendo suas características originais.

Depois disso, os laboratórios e institutos especializados realizam pesquisas e testes para o desenvolvimento dos novos medicamentos.

A Anvisa precisa aprovar esses novos medicamentos e, com isso, eles podem seguir para a fabricação em escala nas indústrias.

Por fim, os produtos seguem para a distribuição em diversas entidades, como: farmácias de manipulação, drogarias, clínicas, hospitais, postos públicos de saúde, unidades básicas de saúde, unidade de pronto atendimento etc.

Principais fatores a serem monitorados para o bom desempenho da indústria farmacêutica

Todo e qualquer negócio passa por desafios ao longo de sua jornada e, no setor farmacêutico, isso não poderia ser diferente.

A indústria farmacêutica está em contante crescimento, como já vimos, e, além disso, ela tem características e processos produtivos muito próprios, o que remete a uma série de protocolos diferenciados e que merecem atenção.

Veja abaixo quais são os principais fatores a serem monitorados neste contexto para que a indústria farmacêutica consiga operar com excelência:

Treinamento adequado da equipe

Inclusive no que diz respeito aos cuidados com o armazenamento e a entrega de medicamentos, valorizando a integridade dos produtos, além de ações específicas, como a atenção à umidade e temperatura de materiais sensíveis.

Atenção aos padrões de qualidade e a da Anvisa

O que inclui diversos elementos, como informes claros sobre medicamentos controlados e perigosos; cuidados na manipulação de produtos perecíveis; e advertir sobre a movimentação fiscal da empresa, entre outros.

Áreas segregadas para a manutenção de medicamentos

Um problema comum para os produtos que são enviados às distribuidoras sem as embalagens corretas, por exemplo, e que devem ser pensados de maneira estratégica, para estar em alinhamento às exigências da Anvisa e qualificados por meio de certificações e licenças.

Aquisição de licenças

Aquisição de licenças também, pois o transporte de alguns medicamentos sensíveis necessita de aprovações específicas, e isso inclui planejamento e investimentos múltiplos.

Logística

A falta de integração também interfere na logística da indústria farmacêutica. Para tanto, essa deficiência pode ser suprida por meio de softwares de gestão, por exemplo, que automatizam processos e colocam os dados do negócio sob ampla perspectiva e monitoramento.

Indústria farmacêutica - pesquisadora em laboratório fazendo análises e anotando no computador.

A automatização de processos na operação de indústrias farmacêuticas

Depois de conhecer um pouco melhor sobre o contexto do setor, é importante entender qual o papel da automatização de processos na operação das indústrias farmacêuticas.

Este tópico está diretamente relacionado ao anterior, porque é possível (e até mesmo necessário) monitorar os principais fatores que mencionamos por meio de ferramentas tecnológicas que expandem o controle dos gestores sobre todas as etapas de produção.

Devido às suas particularidades, a indústria farmacêutica se beneficia e muito da automatização e da transformação digital.

É a partir da automatização dos processos que o setor pode responder positivamente aos desafios do mercado e fazer parte das primeiras colocações de rankings como aqueles que vimos no início do artigo.

Por que a automatização é fundamental na indústria farmacêutica?

A base da indústria atual, onde a força tecnológica e a humana estão integradas, é a automatização de processos.

Não se trata apenas de fazer mais rápido, atendendo ao senso de urgência que o mercado exige hoje. É preciso fazer de forma mais eficaz e, principalmente, melhor. A produção exige processos ágeis, inteligentes e muito produtivos

Aos colaboradores, cabem as tarefas que exigem mais dedicação, conhecimento e envolvimento. Deles são esperados comprometimento, pensar e agir de forma inovadora e, principalmente, agregar valor ao negócio.

A automatização é fundamental em todas as empresas porque permite processos inteligentes e, consequentemente, o alcance do objetivo maior, que é a produtividade e redução de custos.

Tarefas repetitivas, que demandam pouca ou quase nada da inteligência humana, acabam por tomar um tempo precioso quando realizadas de forma analógica.

Na indústria farmacêutica, a automatização é condição básica para garantir segurança ao consumidor e redução dos preços dos medicamentos, por exemplo.

O senso de urgência neste segmento é, de fato, diferenciado, e basta lembrar da sua atuação frente à pandemia do novo coronavírus para entender isso. Não há agilidade sem automação, e a indústria farmacêutica tem um compromisso inadiável com esta urgência.

5 vantagens imperdíveis da automatização para a indústria farmacêutica

1. Agilidade

Talvez esta seja a vantagem mais clara e mais notória da automação na indústria farmacêutica. E ela aparece das mais variadas formas, com os melhores resultados.

Em relação à produtividade das máquinas, por exemplo, com um checklist eletrônico é possível prever a necessidade de manutenção de um determinado equipamento antes mesmo que ele dê problemas, evitando a parada da produção e a queda de produtividade.

A agilidade também aparece na tomada de decisões gerenciais mais assertivas. Diante de dados automatizados e coletados em tempo real, é possível determinar os caminhos e as decisões sobre o negócio.

2. Redução de custos

Não há dúvidas de que a automatização traz redução de custos, até porque os custos totais da mão de obra de uma indústria não são nada baratos.

A partir da automatização e da centralização das ferramentas em um único sistema de gestão, os colaboradores poderão focar em tarefas estratégicas, nas quais o pensamento e a inteligência de fato fazem toda a diferença.

3. Confiabilidade

Quando se fala em indústria farmacêutica, especificamente, essa vantagem é de extrema relevância.

A automatização de um laboratório permite, por exemplo, uma maior e mais eficiente comunicação entre as áreas envolvidas, o que traz uma melhor integração, maior controle e, consequentemente, mais confiabilidade nos processos.

Mais uma vez é muito oportuno pontuar aqui que o segmento é dos mais regulamentados e normatizados, e a automatização permite processos inteligentes e padronizados.

4. Precisão

A automatização dos processos na indústria farmacêutica diminui consideravelmente os erros humanos, o desperdício e o retrabalho, o que permite uma maior precisão e, no final da ponta, gera mais credibilidade no mercado e para o consumidor.

5. Segurança

A automação traz segurança para as equipes da indústria, para os produtos produzidos e, claro, para o consumidor.

Laboratórios e indústrias automatizadas têm maior precisão dos resultados, o que  se traduz em segurança. Tarefas automatizadas são mais seguras porque também diminuem sensivelmente acidentes de trabalho. 

Indústria farmacêutica: um futuro cada vez mais promissor e automatizado

Este ano, a expectativa é que o mercado farmacêutico cresça 10%, segundo a Sindusfarma. Diversos players do mercado estão projetando avanços que contribuirão para um momento ainda mais próspero não apenas para as indústrias farmacêuticas, como para a população.

E é claro que todas as inovações propostas neste setor requerem processos cada vez mais otimizados, que priorizem qualidade e quantidade.

Nesse sentido, as indústrias do setor farmacêutico deverão buscar cada vez mais por softwares de gestão que proporcionam a automatização de tarefas do dia a dia operacional, proporcionando aos times ainda mais tempo para se dedicarem a ações mais assertivas.

Um sistema de gestão completo para indústrias e redes de farmácias e drogarias é o SULTS. Ele conta com mais de 20 recursos para garantir a excelência da gestão em negócios do ramo farmacêutico.

Experimente a nossa solução e veja, aqui em nosso blog, alguns de nossos principais cases de sucesso.