É fato que a gestão de uma rede de farmácias envolve processos diversos e uma série de documentos importantes e até mesmo obrigatórios para o funcionamento das unidades, conforme a legislação.

Vimos em outro artigo aqui no blog que o mercado farmacêutico já apresentava números bastante otimistas para aqueles que desejam investir no setor e, segundo o Guia da Farmácia, a projeção de crescimento permanece positiva.

De acordo com o ranking elaborado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), entre as 300 empresas que são consideradas as maiores varejistas do Brasil, 23 são do segmento de drogarias e perfumarias.

Juntas, as empresas somaram R$110.413 bilhões em 2021 e correspondem a 12,37% do faturamento de todas as varejistas ranqueadas.

Alguns exemplos das grandes redes farmacêuticas que se destacaram nesta pesquisa da SBVC foram Raia Drogasil, Farmácias Pague Menos e Extrafarma.

Para alcançar destaques tão significativos como esses, o gerenciamento nas redes de farmácias deve ser realizado com excelência.

Mas como será isso na prática? Quais são os processos que mais funcionam e contribuem para a expansão das marcas? Quais as metodologias e procedimentos são mais assertivos?

Embora cada contexto empresarial seja único, o Procedimento Operacional Padrão (POP) é um documento imprescindível e obrigatório em negócios na área da saúde e ele faz parte dessa gestão de excelência que sempre falamos.

Leia até o final deste artigo para saber mais sobre o tema!

O que é o Procedimento Operacional Padrão?

Procedimento Operacional Padrão (POP) é um documento legalmente obrigatório, fiscalizado pela Vigilância Sanitária, que descreve, com detalhes, as práticas e os processos que devem ser realizados em determinada atividade.

O método, chamado de SOP (Standard Operation Procedure) na sigla estrangeira, serve para prever e desenhar os resultados esperados de uma ação e, claro, para garantir a segurança e a qualidade da atividade desempenhada – seja ela qual for.

O POP atinge desde as atividades simples às mais complexas, diminuindo as chances de erros ou desvios e facilitando, inclusive, a obtenção de certificações e acreditações como a ISO.

Segundo o blog Inovafarma, é no POP de farmácias, por exemplo, que são elencados:

  • Lista dos equipamentos necessários para um procedimento;
  • Materiais e peças que um procedimento precisa;
  • Mensuração e estabelecimento de padrões de qualidade (instrumentos de medida);
  • Condições de fabricação, armazenagem e manipulação;
  • Pontos e condições proibidas de cada procedimento;
  • Estabelecimento de métodos de controle para as atividades;
  • Listagem de possíveis anomalias que por ventura podem acorrer ao procedimento;
  • Passo a passo de inspeções de rotina e produção;
  • Responsáveis pelo procedimento.
Rede de farmácias - mãos brancas segurando remédios em uma farmácia.

Mais detalhes da gestão de processos em uma rede de farmácias

Além do POP, uma rede de farmácias precisa de outras metodologias para garantir que a gestão de processos seja realizada de forma assertiva e de acordo com a legislação específica.

Nesse sentido, é importante conhecer os termos MBPF e IT:

Manual de Boas Práticas Farmacêuticas (MBPF)

O MBPF é um documento que visa os detalhes processuais que acontecem no ambiente empresarial.

Assim, acaba sendo muito útil para identificar com mais precisão e agilidade os processos incorretos. O foco é padronizar atividades, promovendo a saúde.

O MBPF detalha informações como a política da farmácia (regras e normas), os objetivos dela (missão, valores, visão), os critérios das atividades realizadas e os procedimentos técnicos-sanitários.

Instrução de Trabalho (IT)

A IT indica o modo correto e detalhado de se executar as tarefas da organização. Ou seja, é focada na aplicação dos conhecimentos, o que garante a manutenção da qualidade de todo o processo – considerando a alternância de execução entre profissionais.

Diferente do POP, a IT é mais prática e mais técnica. Por isso, acaba sendo muito usada na validação de produtos, no armazenamento deles e até mesmo no controle de estoque.

De maneira resumida, quando criados, esses documentos devem detalhar o que (MBPF) o colaborador deve fazer, como (POP) ele deve executar as tarefas, para quem ficará a responsabilidade de cuidar das tarefas e quando (IT) ela será executada.

Rede de farmácias: 9 tipos de POPs aplicáveis à rotina operacional

Hoje temos um diverso leque de opções quando falamos em Procedimentos Operacionais Padrão, a depende do objetivo e da atividade que será executada.

Mas veja quais são os 9 principais POPs:

  1. Fundamentais (ou modelos): fornecem as diretrizes para elaboração dos POPs;
  2. Metódicos: descrevem sistemas completos de testes ou métodos de investigação;
  3. Arquivamento: protocolos para organização e arquivamento de documentos;
  4. Segurança: procedimentos de segurança e ações emergenciais;
  5. Produção: práticas necessárias dentro de cada etapa de produção;
  6. Armazenamento: procedimento para armazenamento de produtos;
  7. Qualidade: orientações para análise e controle de qualidade;
  8. Atendimento: orientações para lidar com prestação de serviços;
  9. Administrativos: esclarecimento das tarefas essenciais de gestão.

Passo a passo para montar um Procedimento Operacional Padrão de farmácia

Após ler e compreender melhor o conceito e a aplicação do POP diante da operação realizada em redes de farmácias, confira quais são os 8 passos necessários para montar o Procedimento Operacional Padrão, conforme dicas valiosas da Inovafarma:

  1. Escolher o nome do POP de farmácia, exemplo: Rotina para Armazenamento de Medicamentos;
  2. Definir o objetivo para o POP, exemplo: Condicionar os medicamentos comprados pela farmácia;
  3. Buscar documentos para referência (resoluções, cartilhas, livros, guias que falem sobre o processo);
  4. Aplicabilidade (onde vai ser usado na farmácia o POP de farmácia que foi criado?);
  5. Glossário (mostrar a definição de todas as siglas e termos que aparecem com frequência no POP);
  6. Detalhamento de cada etapa, como fazer e quem será o responsável por executar a tarefa;
  7. Se necessário exemplificar as etapas através de um fluxograma (ilustração visual de cada passo);
  8. Onde o Procedimento Operacional Padrão (POP de farmácia) será guardado e quem será o responsável.

Outros exemplos de POPs situacionais que podem ser utilizados em redes de farmácias e drogarias

  • Acidente de trabalho;
  • Aferição da pressão arterial;
  • Medição da temperatura corporal;
  • Compra de produtos;
  • Atenção farmacêutica / assistência farmacêutica;
  • Coleta de amostras para testes rápidos;
  • Consulta farmacêutica;
  • Devolução de produtos aos fornecedores e/ou aos clientes;
  • Entrega de medicamentos em domicílio;
  • Farmacovigilância;
  • Intercambialidade de medicamentos;
  • Limpeza de todos os ambientes da farmácia;
  • Limpeza do ambiente de serviços farmacêuticos;
  • Manutenção e calibração dos aparelhos;
  • Produtos vencidos;
  • Qualificação dos fornecedores;
  • Recebimento e conferência de produtos;
  • Treinamento de Funcionários etc.
Rede de farmácias - dois profissionais farmacêuticos realizando análise em laboratório com laptop sobre a mesa.

Rede de farmácias: qual a importância de uma gestão baseada na padronização de processos?

Todo e qualquer negócio depende da execução integrada de inúmeros processos que se relacionam de forma direta ou indireta.

Dessa maneira, se padronizamos apenas algumas atividades isoladas e deixamos que algumas funções essenciais ocorram naturalmente, corremos o risco de desestabilizar todo a operação.

No caso das redes de farmácias, por exemplo, existe uma série de exigências que essa marca precisa cumprir, simplesmente, para se manter e se destacar no mercado.

Por exemplo, proporcionar um atendimento de excelência aos clientes, garantir a segurança e a qualidade dos produtos, assim como apresentar as devidas condições sanitárias obrigatórias.

Para que isso seja possível, é necessário um controle rígido da seleção de insumos para produção, captação e tratamento da água utilizada, limpeza adequada das instalações e equipamentos, prevenção de contaminações, empacotamento, armazenamento, logística, além dos cuidados com higiene, saúde e treinamento dos colaboradores.

Bastaria que a execução de apenas uma dessas operações não estivesse alinhada com as demais para que toda a cadeia parasse ou a qualidade do produto final fosse comprometida.

Sendo assim, os Procedimentos Operacionais Padrão também devem prever eventuais problemas, atrasos ou emergências, orientando toda a equipe de trabalho sobre as medidas necessárias em cada um desses cenários.

Isso também se aplica às atividades administrativas, que também precisam obedecer a uma rotina previamente definida.

Em poucas palavras, uma gestão baseada na padronização de processos é uma gestão que preza por processos otimizados em todo o fluxo de trabalho envolvido no funcionamento do negócio.

É uma gestão inteligente e que alcança resultados palpáveis e cada vez melhores.

Tão importante quanto implementar os POPs é escolher a ferramenta ideal para a rede de farmácias

Em nossos artigos, sempre buscamos dizer que não basta investir apenas nas metodologias mais eficazes para a transformação do ambiente de trabalho.

É preciso, também, saber escolher as ferramentas mais adequadas para atingir o objetivo estratégico proposto.

Assim, quando o tema é procedimentos padronizados, as plataformas de gestão estão a todo vapor. Existem diversas opções no mercado e analisar cada uma delas é essencial para a garantia de uma implementação de sucesso.

Como sugestão de ferramenta de gerenciamento completa, indicamos o SULTS. Ele é um software de gestão acessível pela web e pelo aplicativo no smartphone, cujo objetivo é otimizar processos e projetos de redes de farmácias e drogarias pelo Brasil.

Esse objetivo tem sido cumprido com maestria, como diz o depoimento de Stephan Passold, do Grupo StyloFarma.

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