Um levantamento da Terracota Ventures, denominado Mapa de Construtechs e Proptechs Brasil 2020, mostra que, em 2022, já existiam mais de 702 startups mapeadas no Brasil.
Esse número representa um aumento de 23% em relação à quantidade levantada em 2019 e crescimento de 180%, comparando à primeira versão de 2017.
E, considerando o cenário favorável para as startups em solos brasileiros, a tendência é que esses dados sejam cada vez mais positivos.
Segundo levantamento da Cortex, em 2022, o Brasil contabilizou mais de 11.500 startups ativas. Entre elas, estão os segmentos de tecnologia, serviços, varejo e, claro, construção civil.
Pensando nisso, criamos este artigo para que você compreenda o que são as construtechs e quais são as principais características dessa inovação no setor que representa cerca de 10% do PIB global. Boa leitura!
O que são as construtechs?
As construtechs são startups voltadas, especificamente, para o setor de casa e construção civil.
Como qualquer outra startup de tecnologia, a ideia por trás das construtechs é resolver problemas, agilizar processos e melhorar a qualidade dos serviços, tornando as empresas aptas a competir no mercado cada vez mais tecnológico.
A atuação das construtechs ocorre dentro e fora dos canteiros, agindo em toda a cadeia, desde mineradoras, empreiteiras e incorporadoras até o consumidor final.
Isso significa que existem soluções tecnológicas tanto para a equipe que trabalha na obra, quanto para os times que operam diretamente do escritório.
Esse tipo de startup surgiu para resolver questões como os gastos superiores ao orçamento planejado, a dificuldade de monitorar equipes, atrasos, baixo rendimento do time, entre outros.
Afinal, com as ferramentas certas para uma estratégia eficiente, é possível tornar a equipe mais produtiva, reduzir custos, promover a eficiência operacional e entregar um serviço de maior qualidade.
Qual é a diferença entre as construtechs e as proptechs?
A grande diferença é que enquanto as construtechs são startups voltadas para o mercado da construção civil, as proptechs fazem parte do mercado imobiliário.
Mesmo que, em alguns casos, algumas construtechs trabalhem para o mercado imobiliário, as proptechs não oferecem soluções para obras.
Embora sejam diferentes, ambas buscam melhorar seus processos operacionais por meio de tecnologias como blockchain, internet das coisas, inteligência artificial, softwares de gestão, entre outras.
Quais benefícios as construtechs oferecem?
De fato, esse modelo de negócios colabora de forma positiva para mudanças inteligentes nos formatos dos negócios envolvendo a construção civil, em todas as etapas dos projetos.
O uso da tecnologia contribui para que os processos de gestão sejam integrados, o que melhora a precisão de relatórios, além de uma análise de dados mais eficiente, baseada em dashboards.
Outro ponto é que as construtechs tornam mais fáceis os processos voltados a análises preditivas, ao monitoramento remoto de sistemas prediais e gerenciamento de ativos.
Nesse contexto, esse tipo de empresa é movida pela transformação digital, responsável por elevar a eficiência do negócio.
Outra vantagem das construtechs é que elas proporcionam maior qualidade das entregas, pois contam com estruturas operacionais mais inteligentes, precisas e rápidas.
Como as construtechs realmente transformam o mercado?
As construtechs, em geral, buscam não só inovar nos serviços com a ajuda da tecnologia, mas também tem como impacto:
- O fortalecimento da eficiência empresarial e o desenvolvimento de novos planos de negócio. Isso porque as organizações conseguem reduzir os custos e aumentar a sua receita ao implementar soluções inteligentes;
- Destaque no mercado ao utilizar ferramentas tecnológicas que engajam seus colaboradores a ponto de se tornarem mais produtivos;
- Uma evolução no mercado civil, mostrando que é possível investir em novas técnicas e sair do modelo tradicional de construção. Com isso, nasceram empresas mais transparentes, que conseguem seguir prazos e evitar estouros orçamentários;
- Conseguem transformar a experiência do cliente e criar relações mais próximas com eles. Descobrindo seus gostos, desejos e dificuldades, utilizando-os para oferecer um serviço que realmente condiz com suas expectativas e orçamento, fidelizando-os a ponto de conquistar recomendações;
Além disso, a inteligência artificial pode corrigir erros de projeto que levam a acidentes e defeitos operacionais, bem como diferentes sistemas podem prevenir acidentes ou até otimizar o acompanhamento do workflow.
Recursos tecnológicos também geram valor, melhorando o dia a dia do cliente, com softwares que emitem aviso quando chegar o momento da manutenção e equipamentos, que funcionem com eficiência máxima com base nos horários de mais uso.
A transformação digital, entretanto, não se resume a implementar novos equipamentos, e sim questionar os modelos tradicionais em busca de soluções mais eficientes.
Construtechs: as principais tendências para o setor nos próximos anos
Diante do crescimento dos setores da construção civil e imobiliário, daqui alguns anos o cenário será completamente diferente e inovador.
Nesse sentido, antecipar o futuro é uma maneira de interferir ativamente no sucesso da organização e aproveitar as tendências.
A Balfour Beatty produziu um relatório intitulado “Innovative 2050” com previsões para o futuro da indústria civil.
O relatório prevê que, em 2050, robôs substituirão os humanos no canteiro de obras. Mais do que isso: a construção ficará mais rápida utilizando de impressoras 3D e 4D e objetos de autotransformação.
Outras tendências indicadas pelo relatório são:
- Controle neural será usado para mover máquinas e robôs da indústria;
- O transporte de massa será mais rápido, menos prejudicial ao meio ambiente e mais seguro;
- Os projetos serão realizados com impressoras 3D e 4D e realidade virtual aumentada, diminuindo erros de planejamento;
- A análise de dados encontrará problemas antes que eles surjam;
- A infraestrutura incluirá novos materiais que respondam ao meio ambiente, além do concreto e do aço;
- O modelo de infraestrutura se tornará multifuncional e novos modelos de negócio surgirão;
- O setor estará focado em produzir soluções inovadores para os clientes.
As mudanças no setor também acompanharão mudanças na segurança de dados e na defesa cibernética.
Para acompanhar tantas inovações, o setor de infraestrutura deve investir na governança e em práticas de proteção de risco.
As tendências podem parecer ainda muito distantes, mas não há dúvidas de que o avanço da tecnologia e da internet, a cada dia, revolucionam nossas rotinas, especialmente no trabalho.
O importante papel dos softwares de gestão no cenário das construtechs
A junção do mercado da construção civil com a tecnologia em um modelo de negócio escalável como as startups têm rendido bons frutos, como vimos ao longo deste artigo.
Neste contexto, um dos recursos tecnológicos que mais se destaca é o software de gestão, pois é a ferramenta mais acessível às empresas.
A acessibilidade se justifica pela variedade de opções no mercado que se adaptam a todos os bolsos. Hoje, negócios de pequeno, médio e grande porte podem se beneficiar de soluções para gerenciamento de processos e projetos com muita facilidade.
São softwares como o SULTS que permitem o acompanhamento de todo fluxo de trabalho na obra e no escritório, garantindo que cada etapa saia como planejada.
Por meio dessa plataforma, o gestor também poderá disponibilizar cursos e treinamentos para que os colaboradores melhorem a performance e entreguem um serviço de excelêcia ao cliente final.
Além disso, aplicar checklists para conferir detalhes da construção, atribuir tarefas, conferir o andamento dos projetos, enviar e receber chamados e muitas outras atividades da rotina empresarial podem ser realizadas neste único sistema.
Enfim, as construtechs vieram para ficar. Os resultados obtidos até agora, junto às possibilidades de otimização do mercado de casa e construção, reservam um futuro ainda mais próspero para as empresas deste setor.
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