Em qualquer tipo de negócio, inclusive em redes de varejo, uma série de fatores precisam ser frequentemente verificados para garantir que todo produto/serviço oferecido esteja com qualidade máxima. Assim, apostar na metodologia do checklist para varejo é uma ótima estratégia.
Esse tipo de recurso agrega uma série de vantagens à empresa que investe em seu uso e otimiza a rotina operacional. Além disso, ele também facilita a análise de resultados e o desenvolvimento de planos de ação a partir de dados reais coletados com a ajuda do checklist, visando sempre resultados cada vez melhores.
Agora, neste artigo, vamos entender melhor o que é o setor varejista, quais são os benefícios do checklist aplicado a ele, como realizar esse tipo de aplicação e muito mais. Não perca!
De fato, o que é o setor varejista?
De acordo com o site Novo Varejo, varejo é a venda de bens ou serviços de uma empresa a um consumidor para uso próprio, diferentemente do atacado que lida com a compra de mercadorias em larga escala.
Ainda segundo a mesma fonte, a origem do varejo data entre 9000 e 6000 a.C. com a prática do escambo, foi impulsionado pelos mercados da Grécia Antiga por volta de 8000 a.C. e aperfeiçoado em 2000 a.C., na China, quando surgiu o ábaco e com ele puderam contabilizar os ganhos.
No decorrer dos anos, outros marcos contribuiram significativamente para a expansão do varejo, por exemplo:
- A caixa registradora (1883);
- Cartões de crédito e débito (década de 1920);
- Início dos shoppings (1950).
A partir de 1994 o setor também foi assolado pela era online e o e-commerce tomou conta de sites, redes sociais etc., fazendo com que as pessoas se aventurassem em uma nova modalidade de compra via internet.
“Varejo é só supermercado e varejões?”
A resposta é não. Muitas pessoas acham que o varejo está diretamente relacionado aos supermercados, varejões (até por conta do nome bem parecido) e outros estabelecimentos envolvidos no setor alimentar.
Mas não é só isso! De fato, o varejo tem um vasto catálogo de produtos tanto nas lojas presenciais, quanto no e-commerce. Veja alguns exemplos, segundo VBMC Consultores:
Exemplos de varejo de alimentos:
Lojas de conveniência
Especializadas em comercializarem alimentos e artigos de conveniência ou emergência, normalmente para consumo imediato em locais de acesso e visibilidade privilegiados, consequentemente com margens elevadas.
Fresh Market
É uma loja de supermercado especializada em produtos naturais, orgânicos, livres de agrotóxicos, conservantes ou substâncias artificiais.
Propõe diferenciais na seleção e qualidade das frutas, verduras e legumes, eventualmente oferece carnes nobres com cortes especiais, sushi bar, entre outros;
Supermercados compactos
Voltado para o atendimento das necessidades do dia a dia (300 a 700 m2) do consumidor, normalmente contém pequenas áreas de hortifrútis, açougue, frios e laticínios e possuem de 2 a 6 check-outs.
Maior parte de administração familiar, muitos são localizados em bairros mais afastados dos centros;
Supermercados convencionais e gourmet
Lojas de porte médio (700 a 2.500 m2 – de 7 a 20 check-outs) que vendem, predominantemente, itens alimentares, mas já possuem próximo de 6% de itens não alimentares.
É muito comum os supermercados convencionais variarem significativamente os produtos comercializados e o nível de serviços em função do seu público;
Superlojas
São supermercados de maior porte (3.000 a 5000 m2 – de 25 a 36 check-outs), porém ainda não são classificados como hipermercados por não comercializarem itens linha branca e marrom, apesar de já venderem eletro portáteis e artigos têxteis de cama, mesa e banho.
Exemplos de varejo de mercadores em geral
Lojas de departamentos
São que operam com ampla variedade, profundo sortimento e bom nível de serviço. As lojas de departamentos de linha completa no Brasil quase desapareceram, talvez apenas a Havan se enquadre nesse formato.
Atacarejos
Os atacarejos cresceram muito nos últimos anos no Brasil e estão próximos de representarem 50% das vendas de alimentos no país.
Eles comercializam para pequenos comerciantes e consumidores finais, focando nas maiores compras de famílias, com preços diferenciados para pequenas e grandes quantidades.
Hipermercados
Formato que ocupa enormes áreas (maiores que 7.000 m2) e comercializam produtos alimentícios e não alimentícios com baixa margem e alto giro. Buscam atender o conceito de compra em uma só parada com sortimento em todas as linhas.
Lojas especializadas
Em geral são lojas de pequeno e médio portes, localizados tanto em ruas, galerias, como em shopping centers.
Dedicadas às vendas de linhas de produtos específicos como máquinas, ferramentas, acessórios para celulares, roupas femininas, calçados, óticas, chocolates, entre muitas outras.
Oferecem normalmente grande sortimento, são comuns o formato de franquia e normalmente se caracterizam pelo atendimento personalizado por meio de vendedores ou balconistas;
Lojas off-price e outlet
São lojas de roupas, calçados e muitos outros artigos, que comercializam normalmente produtos de marca (grife) porém com preços inferiores por serem mercadorias de pontas de estoque, quebras de grade ou fora de coleção.
As lojas de outlet se assemelham com as de off-price, porém a outlet é de propriedade do varejista.
Além desses tipos de lojas varejistas presenciais, outros formatos sem loja física são: e-commerce, marketplace, compras coletivas, catálogos e porta a porta; TV Shopping, televendas, máquinas automáticas de vendas e social commerce.
Para que serve o checklist para varejo?
Independente do tipo de loja varejista que você possui, muitos processos cotidianos são os mesmos, principalmente se a sua loja faz parte de uma rede varejista, na qual a padronização é essencial.
Entre as ações do dia a dia que fazem parte do contexto do varejo, citamos:
- Controle da limpeza da loja;
- Controle de validade;
- Verificação constante do estoque;
- Acompanhamento dos processos de atendimento ao cliente;
- Catalogação dos produtos;
- Inspeção da disposição correta dos produtos;
- Gestão dos colaboradores;
- Gerenciamento de documentos e tramites legais relacionadas à unidade, entre muitos outros processos.
Já é bastante comum que um checklist seja utilizado para conferir cada um dos itens citados e demais detalhes do ambiente de trabalho, a fim de garantir a qualidade da marca.
O que mudou foi a forma de aplicação desse checklist – em diversas empresas, a prancheta com papel e caneta foi substituída por uma ferramenta de checagem online muito mais eficiente e versátil, que permite a personalização do formulário, a criação de planos de ação e a geração de relatórios, por exemplo.
Essa tecnologia permite a realização de todo o trabalho de forma integrada, poupando tempo, aumentando a confiabilidade das informações e automatizando os processos.
Benefícios do checklist para varejo
Os checklists nos negócios são essenciais para manter o controle dos processos, mas dê uma olhada nos outros benefícios:
- Ajudam a manter a organização, fornecendo os detalhes de cada etapa de um processo.
- Contribuem para a motivação dos colaboradores, pois completar cada tarefa é visto pelo cérebro como uma pequena conquista, o que libera dopamina e proporciona satisfação.
- Favorecem a delegação de tarefas, já que proporciona mais confiança tanto para quem delega quanto para quem faz.
- Melhoram a produtividade, pois, seguindo uma lista, é possível otimizar o tempo para cada tarefa, permitindo que muitas outras coisas sejam feitas.
- Estimulam a criatividade, pois ao não ter que lembrar os passos importantes de um processo, é possível liberar a mente para tarefas que requerem mais criatividade.
- Colaboram para redução de erros, pois com tudo listado é muito mais difícil cometer erros.
5 principais aplicações do checklist para varejo
Veja agora como o checklist pode ser bem utilizado no setor varejista, a partir de suas principais aplicações:
1. Verificação ao iniciar a jornada diária de trabalho
Essa é uma prática muito interessante para que gerentes de loja integrem a equipe. Através de reuniões curtas e objetivas, esse checklist tem o objetivo de observar os seguintes pontos:
- Como estão os resultados da semana?
- A loja vai bater as metas esperadas?
- Quais setores estão desempenhando melhor e quais precisam de mais atenção na reposição e organização de produtos?
- Quais serão as próximas ações promocionais?
- Tiveram reclamações de algum cliente desde a última reunião?
- Alguém não veio trabalhar? Como essa pessoa será substituída?
A partir da criação de uma rotina de 10 a 15 minutos diários para alinhar esses tópicos e manter o time da loja sempre motivado e por dentro do que está acontecendo em cada processo, sem dúvidas a equipe será mais unida, produtiva e engajada.
2. Frente de caixa
Nesse momento, o checklist vai avaliar aspectos como a apresentação e organização da loja, atendimento ao consumidor e agilidade ao fechar a venda.
Além de observar se o estabelecimento segue os padrões esperados, também é possível monitorar as dificuldades e não conformidades do cotidiano do estabelecimento. Alguns itens importantes para se certificar são:
- Houve algum cancelamento de produto ou cupom?
- Como está a organização do espaço de PDV?
- As sacolas estão arrumadas e prontas para uso?
- Como está a condição e organização de produtos para entrega?
3. Limpeza e manutenção do local
Para que a experiência do cliente seja completa e inesquecível, outros elementos importantes são a limpeza e a manutenção da loja.
O checklist vai assegurar que o estabelecimento obedeça todas as normas sanitárias para que o local permaneça limpo e em boas condições de higiene. Isso inclui verificar aspectos como:
- A limpeza geral do local, incluindo o chão e balcões;
- Armazenamento de produtos;
- A higienização de equipamentos e ferramentas utilizadas na loja;
- Condições dos banheiros;
- Aparência e higiene dos funcionários.
4. Gestão de estoque
É fundamental manter um bom controle de estoque para evitar danos e perdas de mercadoria. O checklist vai auxiliar o estabelecimento com a gestão de estoque, verificando aspectos como:
- Os produtos estão armazenados da forma correta?
- A temperatura do local está adequada para armazenar os produtos?
- Como está a logística de recebimento de produtos?
- Como os procedimentos de entrada e retirada de produtos do estoque estão sendo feitos?
- Qual é a validade dos produtos em estoque?
Um controle eficiente das mercadorias que entram e saem é essencial para garantir que o produto mantenha a sua integridade até chegar às mãos do consumidor.
5. Segurança no trabalho
Outro aspecto que merece atenção de checklists no setor é a segurança no trabalho, que inclui uma série de elementos, tais como:
- O correto armazenamento dos produtos na loja;
- Presença de saídas e luzes de emergência, extintores de incêndio, alarmes, entre outros;
- Uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) por parte dos funcionários;
- O cumprimento das normas de segurança por parte dos funcionários ao manusear produtos na loja;
- Presença de sinalização adequada, indicando acessos restritos aos funcionários, cuidado ao trafegar, entre outros.
Assim, além de cumprir com as normas e protocolos de segurança, o estabelecimento também previne acidentes de trabalho e evita que os próprios consumidores sejam lesados de qualquer forma.
Além dessas situações de aplicação do checklist, também falamos aqui no blog sobre o checklist para abertura de lojas e sugerimos a leitura do conteúdo para saber ainda mais sobre o tema.
Criando um checklist para varejo realmente ágil e eficaz
Agora que compreendemos melhor o checklist para redes varejistas, vamos ver como criar um checklist que consiga identificar as potencialidades e as fragilidades nos processos operacionais do dia a dia.
Para isso, Guilherme Alonço, da Certificação ISO, dá algumas dicas importantes:
Checklist para varejo – Passo 01: Defina o que precisa ser verificado
Apesar de óbvio, muitos se enganam na hora de elaborar a lista de verificação. Por isso é importante definir o que deve ser enxergado e os porquês de desenvolver o checklist, ou seja tenha claro em mente o objetivo e importância da ferramenta.
Checklist para varejo – Passo 02: Defina a frequência de utilização
Nesta etapa é essencial definir quais são os momentos que a lista de verificação deverá ser utilizada. Existem prestadores de serviço que após a realização do seu trabalho utilizam o checklist para demonstrar ao cliente que todas atividades foram executadas.
Além disso, colocam um campo de assinatura onde o cliente valida a lista para demonstrar que tudo que foi entregue conforme o combinado.
Checklist para varejo – Passo 03: Deina quem irá utilizar
Tenha bem definido quem são os responsáveis por utilizar o checklist. Com a definição dos responsáveis aplique um treinamento demonstrando como utilizar e a importância.
Checklist para varejo – Passo 04: Defina os itens a serem verificados
Este é o momento de definir quais os itens precisam ser checados para constatar se um serviço, produto, processo ou atividade foi plenamente cumprido de acordo com as especificações.
Por isso, peça ajuda do colaborador que utilizará a ferramenta, pois eles já possuem o conhecimento e a experiência necessárias para auxiliar na definição do conteúdo da lista.
Checklist para varejo – Passo 05: Teste a lista
Antes de utilizar a lista, peça para alguns colaboradores, que irão utilizar está ferramenta, realizem alguns testes para certificar que o instrumento está validado ou se é necessário alterar alguma coisa. Normalmente, durante o teste sempre surgem dúvidas e sugestões de melhoria.
Dica bônus
Essa fica por nossa conta: para a melhor aplicação do checklist, invista em uma lista de checagem online e acessível pelo smartphone, tablet ou computador.
Sem dúvidas, indicamos o Checklist SULTS como a melhor e mais robusta opção do mercado, porque em um único recurso tecnológico você e seu time usufruem de todas as funcionalidades para inspecionar os processos e, claro, para criar e acompanhar os planos de ação propostos.
Conheça o nosso sistema e veja os depoimentos dos nossos clientes que confirmam como esse software pode transformar a rotina de uma rede de negócios.